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DEPOIMENTOS DE PESSOAS QUE CONVIVERAM COM AÍDA.

aída entre as irmãs do educandário gonça

Aída com as Irmãs do Educandário

(Do livro "Aída Curi, Ouro Puro em Mina de Trevas", escrito pelo irmão de Aída, Monsenhor Maurício Curi.)

O falecido Sr. Cardeal Dom Jaime de Barros Câmara, então Arcebispo do Rio de Janeiro, enviou ao Dr. José Valladão, advogado da família Curi, uma carta-depoimento. Nela o Sr. Cardeal, além de externar sua convicção sobre a inocência de Aída, revela o seu íntimo desejo de tornar-se freira. Transcrevo:

"Em atenção ao seu pedido pessoal, na audiên­cia de sábado último, no Palácio São Joaquim, venho declarar o que sei e posso dizer sobre Aída Curi. 

Prefiro referir-me à sua vida, e não à sua morte ocorrida quando me achava em Roma.

Nem tencionava manifestar-me sobre o assunto, embora tenha minhas convicções sobre a inocência da vítima.

Uma vez, porém, que me solicita uns esclareci­mentos sobre a pessoa de Aída Curi, afirmo ter-lhe conhecido o foro interno, em direção espiritual, no último ano que ela passou no Educandário "Gonçal­ves de Araújo", onde preguei o retiro às alunas mais de uma vez.

Aída Curi pretendia entrar no Convento das Ser­vas de Maria, em Jacarepaguá. Só retardou a execução de seu plano a fim de trabalhar primeiro, em prol de sua progenitora, cujos sacrifícios Aída queria aliviar por gratidão e sincero afeto. Respeitando sua liber­dade, como era meu dever, concordei com o adia­mento relativo à sua vocação religiosa.

É baseado nesse conhecimento íntimo de sua bela alma que julgo ter sido a moça colhida de surpresa no fato que lhe cortou a existência terrena."

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A mãe de Aída, acompanhada do Dr. José Valladão, advogado da família,
em visita ao Cardeal Dom Jaime.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Ao ter notícia da morte de sua aluna particular de Português, e colega da Cultura Inglesa, D. Lúcia Corona excursio­nava pela Europa. D. Lúcia sofreu um trauma tão grande que abandonou o Magistério para se dedicar exclusivamente à Orientação Educacional. Inscreveu-­se para cursar esta disciplina imediatamente após a morte da aluna e ocupou o cargo de Orientadora Educacional no Colégio Pedro II, na cidade do Rio. Eis a carta que a professora enviou à mãe de Aída:

 

"Amsterdam, 5-8-1958

Minha cara senhora,

Acabei de receber carta do Rio, na qual meu marido relata o funesto acontecimento da morte de Aída.

Embora sem a conhecer de muito tempo, os poucos meses, quatro ou cinco talvez, de convívio na Cultura Inglesa, onde éramos colegas e, depois, tor­nando-se minha aluna particular de Português, fize­ram-me admirar sua filha, de tal maneira que passei a citá-la como modelo da mocidade.

Inteligente e bela, nunca se revelou vaidosa. Dedicava-se às aulas com um entusiasmo e aplicação que eu jamais vira em jovens de sua idade.

Simples e dedicada, conquistou suas colegas da Cultura Inglesa, e eu, que a pude apreciar melhor, admirava-a e estimava-a.

Minha excursão à Europa separou-me das cole­gas e dos alunos, e agora sinto tê-los deixado, pois se aí estivesse, tal fato não teria acontecido.

Lastimo não tê-la conhecido antes de meu em­barque.

Aída falava-me sempre do desejo que tinha de que nos conhecêssemos. Infelizmente meus afazeres e o preparo para a viagem impediram isso. Assim que chegar ao Rio em outubro irei vê-la.

Eu, como sua colega e amiga, sinto ver cortada sua existência tão pura e ver por terra tanto esforço, tanta confiança no futuro.

Ela era tão bem intencionada nos seus planos de vida! Eu sempre lhe dizia: "Aída, você é um milagre de moça!" Ela sorria com modéstia quase como a pedir desculpas de ser como era.

Sei que ela está no Céu com sua coroa de virgem mártir e nos olha compassiva. Tinha apenas 18 anos!

Em Bruxelas, o Padre que nos acompanhava rezou uma missa em sua intenção.

Dois dias antes de meu embarque recebi de Aída um lindo lenço que guardarei para sempre. Tenho-o poupado das minhas lágrimas.

Mais uma vez, aceite um abraço triste daquela que hoje se sente honrada em ter sido professora de sua filha.

Lúcia Cerne Guimarães Corona."

O testemunho desta Professora é talvez o que de mais preciso nos chegou às mãos. Tanto mais que foi alguém que lidou com Aída quase que diariamente até o dia 15 de junho, um mês apenas antes do crime.

Em outras oportunidades ainda, D. Lúcia exter­nou seu pensamento sobre Aída:

"Eu a conheci, com seu ar de garota, sua con­versa ingênua, seu passo tranquilo, seu sorriso puro, tão puro! Com ela convivi durante quatro meses a fio.

Lembro-me dela hoje como se ainda a visse na minha sala de estudos, como aluna de Português, com seus cabelos cor de cobre soltos nos ombros, apurada, curvada sobre os livros, a tentar decifrar, tenazmente, o pensamento de Camões em certos versos dos Lusíadas. Lembro-a desdobrando as "ora­ções reduzidas", encantada e feliz da vida quando achava as conjunções adequadas e o sentido exato na "desenvolvida correspondente". Lembro-me ainda, como minha colega, nas aulas da Cultura Inglesa, a querer traduzir as expressões idiomáticas em formas corretas de nossa língua. E foi sempre assim que ela se revelou a meus olhos. Surpreendentemente inteli­gente e aplicada.

 

E era tal a minha admiração e tal a minha surpresa, ao vê-la em todo o esplendor de seus dezoito anos, simples, modesta, pura e tão bela, que lhe disse um dia: - Aída, você é um milagre de moça!"

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Profª. Lúcia Cerne Guimarães Corona

 

 

 

 

 

 

Madre Eusébia Garmêndia que fora, durante muitos anos, Superiora do Educandário, e se achava, na época do crime, em Barcelona, escreveu a seguinte carta à mãe de Aída:

"Barcelona, 8-12-1959

Minha boa e querida D. Jamila,

Meus parabéns!!!

Sim, meus parabéns, pois lhe coube a felicidade de ser mãe de uma mártir... disto eu não tenho a menor dúvida. Aída foi um modelo de educanda e continuará sendo um modelo verdadeiramente exem­plar para as mocinhas do meu saudoso Brasil; este mundo miserável não merecia possuir uma criatura como ela, e Deus a levou, depois de demonstrar como ajuda, dando a coragem necessária até ao heroísmo para vencer as dificuldades e conseguir o cumprimento de nobres ideais. Sinto-me feliz de ter convivido com a sua boníssima filha e minha angelical e dedicada Aída Curi.

O abraço amigo de

Madre E. Garmêndia."

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Aída com a Madre Superiora, Eusébia Garmêndia

Colhemos também o testemunho de Frei Floren­tino Garcia, da Ordem dos Recoletos de Santo Agos­tinho, que esteve por algum tempo encarregado da Capelania do Educandário Gonçalves de Araújo. Confiou-nos seu depoimento, que vai resumido nestas palavras escritas embaixo de seu nome:

"... Na ocasião, encarregado da Capelania do Educandário Gonçalves de Araújo, onde atendeu e administrou a Sagrada Comunhão, vendo sinais do agrado de Deus-Jesus Cristo naquela alma de predi­leção divina."

Perguntei-lhe um dia sobre estes "sinais do agrado de Deus" a que se referia. Respondeu-me Frei Florentino que preferia ser discreto no tocante a este particular.

irmã inácia, uma das professoras de Aída

Irmã Ignácia, professora de Aída,  fala ao repórter  do "Diário da Noite" (4 de agosto de 1958),
sobre  o sentido  da morte da sua aluna:
"Conforta-nos pensar que, ganhando a coroa do martírio, a nossa pequena Aída alcançou  também a Glória. Que  seu exemplo, meditado pelos pais e demais responsáveis  pelo destino da juventude,
seja o início de uma nova era”.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Em plena Copacabana, surge uma irmã de Maria Goretti. (D. Hélder Câmara)

"Comove-me pensar que em nossa cidade, em plena Copacabana, no nosso século, nos nossos dias, tenha surgido uma irmã de Maria Goretti" – afirmou S. Exa. Revma. Dom Hélder Câmara, então Bispo Auxiliar do Rio de Janeiro.

Foi-lhe formulada pela Imprensa a seguinte per­gunta:

"É certo ou errado, absurdo ou cabível, aproxi­mar o nome de Aída Curi de Maria Goretti?"

"Parece-me – respondeu Dom Hélder – pelas razões que apresentarei a seguir, que é perfeitamente possível a aproximação dos dois nomes.

Não se trata, é claro, de proclamar a identidade das duas figuras, das duas vidas e das duas mortes. Ainda menos de proclamar a santidade de Aída, quando se sabe que a canonização é processo priva­tivo da Santa Sé. Mesmo admitindo que, no caso da estudante brasileira, tenha havido imprudências (e em que medida existiram não é fácil apurar: fácil é acusar quem já não se pode defender), é indiscutível e se tornará cada vez mais patente que não vacilou em perder a vida (ou em linguagem cristã: ganhá-la!) para salvar a sua virtude."

Dom Hélder faria ainda uma análise do ocorrido, em plano social:

"Mais uma vez se comprova  que os jovens delinquentes  são consequência  tanto da miséria  extrema  como do superconforto (...) São eles vítimas de um clima   que ajudamos  a criar  ou que não ajudamos a modificar, realmente.  Todas as marcas no corpo de  Aída (da mártir, podermos dizer) revelam o que dão  a saturação  e a supersaturação  sexual em que se movimentam a infância e a adolescência  das grandes cidades.  Se o doloroso aviso da morte de Aída servir para  abrir os olhos de todos nós, responsáveis, abençoado o holocausto da jovem mártir". 

Temos ainda a seguinte declaração de Dom Hélder, publicada no jornal Última Hora, do dia 23 de julho de 1958:

"Fui procurado pelas religiosas do Educandário Gonçalves de Araújo, onde Aída se formou.  Reafirmaram, calorosamente, o que a imprensa já divulgou: de tal modo foi sempre digna e exemplar a ex-aluna, que elas não têm dúvida em afirmar que Aída deve ter caído em uma armadilha e, ao descobrir a maldade que se armara contra ela, preferiu o martírio - acentuou Dom Hélder Câmara."

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Dom Hélder Câmara

"CONHECI MUITO BEM A SUA ALMA".

(Depoimento de FREI JAIME FAJARDO, Capelão do
Educandário Gonçalves de Araújo e Professor de Aída.)

Rio de Janeiro, 28 de dezembro de 1959.

Exmo. Sr. Advogado

Dr. José Valladão,

Move-me a escrever-lhe o desejo imenso que tenho de fazer alguma coisa pela bom nome de Aída Curi, a quem muito conheci.

Como Capelão e Professor do Educandário Gon­çalves de Araújo, estive em contato contínuo com essa menina mártir, mártir da pureza da alma e do corpo, que ficou conhecida em todo o Brasil e, conforme constatei pessoalmente na Espanha e Ar­gentina, fora das fronteiras do País.

É triste observar com quanta dificuldade aceitam certas pessoas que uma moça possa ser virtuosa, pura, limpa de coração e de corpo. Aída era real­mente moça pura, casta, virtuosa, verdadeiro modelo para a juventude atual. Isto não é literatura: é a fiel expressão da verdade.

Conheci Aída em 1952. Chamou minha atenção o modo delicado de agir junto das companheiras. Depois, comentando as atitudes da menina com as Religiosas da Comunidade do Educandário, ouvi das mesmas que Aída era, sem dúvida, a melhor aluna do referido estabelecimento escolar. Observando sem­pre de perto o comportamento de Aída, o bom conceito que dela formara foi subindo cada vez mais. Achando no sacerdote um amigo e um conselheiro, passou a menina a fazer consultas espirituais e morais, expondo seu modo de pensar e agir. Sempre sincera e precisa nas exposições, surpreendia pela sua maturidade espiritual. Nada escondia, manifes­tando sempre o desejo firme de conhecer e seguir o bom caminho. Conquistou em luta contínua verda­deira virtude, mantendo sempre seu espírito tenso para poder melhorar e avançar no caminho do bem.

Conheci muito bem a sua alma e posso afirmar, sem medo de errar, que era uma alma de escol. Tenho em tal conceito a virtude dessa menina mara­vilhosa – nunca conheci outra igual ou melhor – ­que, considerando sua vida e seu martírio, julgo-a verdadeiramente santa e a ela encomendo as minhas dificuldades, lutas e êxito do meu apostolado, rezando todos os dias, como poderia rezar a Santa Maria Goretti, sua irmã heroica na pureza, ou a qualquer outro santo. Sei que não sou o único devoto de Aída: há muitos.

Aproveito o ensejo para dizer a V.Sa. que, quando aconteceu a morte de Aída, eu estava na Espanha. Falei com Aída por última vez no mês de abril de 1958, pouco antes do fato. No mês de abril fui à Europa. Aída era a mesma menina pura e boa, santa mesmo, preocupada com os seus estudos. Po­deria mudar fundamentalmente em tão curto espaço de tempo até o dia da morte? Não, nunca.

Sr. Advogado, estrangeiro que sou, não soube exprimir tudo quanto sinto e sei. Na minha língua teria sido outra coisa.

Desejando ser útil a V.Sa. declaro-me servidor certo.

Frei Jaime Fajardo – S.P. dos Ag. R., Secretá­rio Provincial dos Agostinianos Recoletos do Brasil e Capelão do Educandário Gonçalves de Araújo.

Mais depoimentos da profª Lúcia Corona

Vamos publicar, agora, o que relatou D. Lúcia Cerne Guimarães Corona, catedrática da Escola Técnica Nacional e professora de Português no curso comercial que fun­ciona à noite na Escola Argentina. Graduada em Pedagogia e Jornalismo pela Faculdade Nacional de Filosofia, autora de valiosos trabalhos sobre ensino, é a conhecida educadora a mais categorizada pessoa para falar sobre Aída Curi, por ter sido sua mestra, justamente no período em que a mocinha estudava na Sociedade Brasileira de Cultura Inglesa.

Dona Lúcia Corona conviveu com ela quase diariamente – e intimamente – nos seis derradeiros meses de vida de Aída.

dona lúcia cerne guimarães corona, profe

 

DONA LÚCIA CONHECE AÍDA CURI.

- Conheci Aída Curi –­ é a educadora quem depõe – em janeiro de 1958, na Cultura Inglesa. Muito embora fosse grande a diferença de idade, éramos colegas, pois eu ali fazia um curso de aperfei­çoamento e ela aprendia Inglês. Por indicação de uma de suas professoras, Aída me procurou a fim de que eu lhe desse aulas particulares de Português, pois pretendia inscrever-se num concurso visando obter emprego público. Até 15 de junho, foi ela, assim, pessoa com quem lidei quase diariamente. Saíamos juntas da Cultura Inglesa e vínhamos até minha casa, a pé.

Na segunda quinzena de junho, viajei para a Europa. Estava de malas prontas com destino a Londres quando meu marido me escreveu, relatando a morte de Aída.

Sofri tão grande comoção que passei mais de um dia com febre de quarenta graus, na capital britânica. E desde que voltei ao Rio ainda não me refiz do abalo que sofri. Tanto assim que suspendi as aulas particulares em minha residência, pois mal posso olhar a salinha em que ela estudava.

ERA UMA MENINA PURA.

- Se a senhora conviveu intimamente com a menina, entre janeiro e junho de 1958, talvez possa opinar sobre o caráter dela. Certo?

- Sem dúvida. Vou mais longe: posso dizer-lhe que jamais conheci uma menina igual a Aída. Era um caráter puro, de uma candidez que chegava a comover em nossas palestras; a maior parte do tempo falava na genitora, contando-me as lutas e os sofri­mentos de Dona Jamila para educar os filhos. Como estudante, foi exemplar em tudo. Nunca faltou, nunca chegou atrasada a uma aula.

Fui sua amiga e sua mestra. Era, sem dúvida, uma jovem recatada, serena, comedida nos modos e no falar. Inteligência acima do comum. Modesta, sim. E tanto que eu só soube que tirava as notas mais altas na Cultura Inglesa quando a professora me informou.

A zona sul, nos dias atuais, oferece perigos sem conta para jovens puras como foi Aída Curi. Eu, que a ouvia falar pelo telefone com suas colegas do Educandário Gonçalves de Araújo, que pude inteirar-­me em pouco tempo da sua moral sem defeitos, cheguei a preocupar-me. Aída era uma jovem clara, alta, com cabelos avermelhados, muito bonita.

Se tinha defeito, era justamente a sua beleza, se isto pode ser dito assim. Costumávamos vir juntas até minha casa, andando e conversando. Chamava a atenção de todo mundo. Mas, e isto é importante: não se dava conta do interesse que despertava. Disse-­lhe muitas vezes que se acautelasse. Ela me convidou a ir ao seu lar, conhecer sua mãe. Aída, porque estudava em mais de uma escola, nem tempo tinha de almoçar. Aqui comigo, quando terminávamos a aula de Português, tomava café com biscoito. Não a deixava sair em jejum. Seu dia-a-dia era controlado no relógio. Acha o senhor que sendo, como sou, professora há quase vinte anos, tendo lidado com várias centenas de alunas de toda classe social, de todo nível de educação, iria enganar-me? Aída era muito decente e muito ciosa da própria personali­dade.

UM LENClNHO E UM RETRATO.

Mostra-nos, a essa altura, um lenço e um retrato.      

-Vê este lencinho? Foi Aída que me deu, à véspera do meu embarque para a Europa.

Disse-me nessa ocasião: "Quando tiver saudades e chorar por mim, seque neste lenço as suas lágrimas". Mal sabia que estava sendo profética, pois suas palavras se cumpriram. E este retratinho, veja, é dela! Semblante plácido, beleza plácida... Beleza de uma santa, o senhor sabe?

- Depois que Aída Curi saiu do Colégio, nin­guém, a não ser sua mãe, conviveu com ela mais do que eu. Admirei-a pelas suas qualidades: inteligência, educação, virtude, equilíbrio – nada lhe faltava para vir a ter, na vida, um futuro feliz. Aída era um anjo ou uma santa. Nunca vi uma menina igual a ela!

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A profª. Lúcia Cerne Guimarães Corona fala de Aída aos repórteres.

 

ENTERRO DE AÍDA CURI.

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